Stablecoins crescem entre brasileiros no mercado cripto, diz Nubank
Os brasileiros estão cada vez mais de olho nas stablecoins, e uma pesquisa do Nubank traz informações interessantes sobre esse tema. O relatório, compartilhado recentemente, aponta que muitos clientes estão escolhendo a USDC para “dolarizar” seus investimentos e escapar das oscilações da moeda.
Nos últimos doze meses, o Nubank Cripto mostrou que o USDC virou a segunda opção favorita para quem faz sua primeira compra de criptomoedas, representando 25% das transações. Em outras palavras, 1 em cada 4 pessoas que iniciou sua jornada no mundo cripto decidiu começar com essas moedas digitais atreladas ao valor do dólar.
Thomaz Fortes, que é o diretor da área de cripto e ativos digitais do Nubank, comentou que as stablecoins são uma ótima porta de entrada para quem busca uma forma simples e acessível de dolarizar. Ele também ressaltou que essa tendência se mantém, mesmo com a variação de outros ativos.
Embora o USDC esteja subindo nas preferências, o Bitcoin (BTC) ainda é o queridinho dos brasileiros na hora de abrir uma conta. Ele representa mais de 50% dos primeiros depósitos via blockchain no Nubank, mostrando que, ao aventurar-se na compra de criptomoedas, a maioria dos usuários vai direto para o BTC.
Fortes acrescentou que o Nubank tem como objetivo oferecer uma experiência cada vez mais completa. Por exemplo, a possibilidade de transferências “on-chain” dá aos clientes a liberdade de mover seus ativos para fora da plataforma, caso queiram, mantendo o controle das chaves privadas.
Pagamentos com criptomoedas
Outra pesquisa, desta vez da Eduka.a, revelou que 16% dos estabelecimentos brasileiros já estão aceitando criptomoedas como forma de pagamento. Setores como turismo, saúde, educação e entretenimento lideram essa inovação, oferecendo mais opções aos consumidores.
Em cidades como Rolante (RS) e Jericoacoara (CE), o uso do Bitcoin via Lightning Network está crescendo no comércio local já em 2024. Segundo Ricardo Dantas, CEO da Foxbit, essa aceitação crescente vai além da tecnologia. Ele afirmou que essas transações trazem vantagens claras, permitindo que pagamentos sejam feitos diretamente da carteira do cliente para a da empresa.
O Brasil já está entre os dez maiores mercados de criptomoedas do mundo, ocupando a 10ª posição em um ranking que avaliou 151 países. E a pesquisa mostra que mais de 16% da população já possui criptoativos — o que equivale a cerca de 32 milhões de brasileiros. Essa mudança não se limita à tecnologia; ela também simboliza liberdade e inclusão financeira.
Dantas ressalta que essa evolução no uso de criptomoedas sinaliza uma transformação no sistema de pagamentos do país. À medida que tanto consumidores quanto empresas adotam esse novo formato, o Brasil se encaminha para se tornar uma referência global na economia digital. Assim, as criptomoedas não são apenas uma novidade, mas uma realidade que impulsiona a inclusão financeira e a inovação no varejo.